sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Mal Moral Agostiniano

Santo Agostinho coloca-se contra a existência de um mal metafisico e de um mal físico. Para ele apenas existe o mal moral. Aqui podemos perceber esse mau como ligado aos conceitos humanos, aos hábitos, mais diretamente – à ação em si como ser na sociedade.

Para Agostinho de Hipona, o mal não pode ser criação de Deus – pois o mesmo é divino e perfeito, assim sendo, não gerador de algo que fosse seu oposto. Agostinho vê o mal como um distanciamento da busca do bem supremo – aqui podendo-se colocar ao lado do bem aristotélico “o bem coletivo”, o “bem da coletividade” – mais propriamente “Felicidade”.

É de extrema importância perceber a ligação que podemos fazer com o problema de Agostinho à questão da ética social. Para o teólogo cristão, o ser humano ao afastar-se do bem supremo está em busca do bem menor, um bem próprio, o mais pessoal que vise – talvez – unicamente seu próprio bem. Isso pode acarretar com o bem pessoal e o mal para o próximo. Assim, surge o mal moral.

É possível perceber que a livre escolha está diretamente ligada a origem do mal moral – dado o fato de que Deus deu ao ser humano o dom de escolher suas ações sem “constrangimento, inclusive em relação as leis divinas (GILSON, 2006, p.368 - Referência no livro da Bibliografia)”.

Podemos finalizar dizendo que a influência de nossas ações estão diretamente ligadas ao conceito do mal social em si – quando optamos por deixar de lado a busca por um grande bem, um bem supremo que vise a si e a todos para, procurarmos um bem menor, cujo o único beneficiado seja a si próprio – eis ai o surgimento do mal moral.

Referencias Bibliográficas.
MADEIRA, Prof. Dr. João Batista. Filosofia Medieval (Caderno de Referencia de Conteúdo – CEUCLAR). 2010, SP.

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